Com confiança no governo em baixa, brasileiros acreditam mais nos CEOs

Com confiança no governo em baixa, brasileiros acreditam mais nos CEOs

Com confiança no governo em baixa, brasileiros acreditam mais nos CEOs

Estudo global Edelman Trust Barometer 2016 ilumina oportunidades para empresas e a nova agenda de seus líderes

O estudo global Edelman Trust Barometer 2016, promovido no Brasil pela agência de comunicação integrada Edelman Significa, revela o crescimento da confiança nas instituições. O levantamento, que considera a credibilidade no Governo, Empresas, ONGs e Mídia em 28 países, traz um índice global de Confiança de 50 pontos, contra 46 no ano anterior em uma escala de zero a 100 que pondera a porcentagem obtida por cada um destes quatro grupos institucionais. No Brasil, mais uma vez, as Empresas foram as melhores classificadas, com 68 pontos, segundo o público total pesquisado. O Governo ficou em último lugar, com 21 pontos – 5 a menos que na edição anterior.

fonte: http://www.edelman.com.br/propriedades/trust-barometer/

Um aprofundamento sobre os fatores que influenciam a confiança nas empresas traz um mapa para a as corporações. “Atuação baseada em propósito, comportamentos e atitudes que concretizam os valores da marca e diálogo com os stakeholders nos meios onde estão presentes são fatores-chave para a confiança das pessoas em uma marca, e isso fica evidente no estudo. A atitude do cidadão é cada vez mais orientada pela credibilidade, e as empresas devem se adaptar a essa realidade”, comenta Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman Significa no Brasil. De acordo com os entrevistados no Brasil, 90% concordam que uma empresa deve lucrar ao mesmo tempo em que gera benefícios sociais, contra 83% no ano anterior. Eles também veem as empresas (68%) como as entidades mais confiáveis para acompanhar o ritmo rápido de mudanças no mundo, à frente das ONGs (59%) e Governo, que atingiu um nível de apenas 26%.

Pelo décimo sexto ano consecutivo, a indústria da tecnologia foi indicada com a mais confiável globalmente (74%). No Brasil, também lidera o ranking, com 83% de confiança. O grande destaque desta edição foi o segmento de serviços financeiros. Ainda que siga em último lugar dentre os 28 países consultados, com 51%, apresenta uma tendência de recuperação, com o acréscimo de 8 pontos nos últimos cinco anos, maior do que qualquer outro setor. No Brasil, o mesmo fenômeno foi comprovado, provável fruto do forte investimento das empresas deste segmento em ações de benefício público. Energia e Farmacêutico perderam oito pontos e foram os setores que apresentaram queda mais acentuada na percepção do público total brasileiro. De acordo com Rodolfo Araújo, líder de Pesquisa e Métricas da Edelman Significa, os respondentes “tendem a privilegiar setores com mais capacidade de gerar impactos positivos na qualidade de vida das pessoas”.

O estudo mensura também a credibilidade dos porta-vozes que influenciam na formação de opinião das pessoas sobre as empresas. Os entrevistados brasileiros confiam cada vez mais nos cidadãos comuns, que não representam discursos institucionais (83%). A surpresa neste ano foi a recuperação da confiança nas lideranças empresariais. Os CEOs alcançaram um nível de 66%, um aumento de 14 pontos, e aparecem em quinto lugar. Membros da diretoria vêm em seguida – cresceram 11% e hoje aparecem com 63% de credibilidade. Em último lugar surge a autoridade governamental, com apenas 28%. Em redes sociais e sites de compartilhamento de conteúdo, os entrevistados, globalmente, confiam muito mais em familiares e amigos (78%) como criadores de conteúdo do que em um CEO (49%). No Brasil, a pessoa “comum” goza de ainda mais credibilidade – 84 pontos. O CEO, que no ano anterior tinha apenas 52, recuperou posições e atingiu 67 pontos. Para Araújo, trata-se de “uma afirmação da lógica horizontal e não-hierárquica de formação de opinião”.

Um aprofundamento sobre comportamento esperado dos líderes empresariais mostra que seu foco ainda é restrito. A percepção é de que resultados financeiros de curto prazo e lobby ainda são as prioridades dos executivos de alta gestão, quando deveriam considerar mais impactos positivos de longo prazo e geração de empregos. Também deveriam conciliar propósito e lucro e se posicionarem publicamente sobre questões sensíveis à população, como desigualdade de renda e políticas públicas.

Em relação às fontes de informação, a mídia online apresentou um crescimento de credibilidade expressivo de 13 pontos no Brasil e hoje ocupa a segunda posição, empatada com a mídia tradicional (67%). No país, as ferramentas de busca lideram o ranking (78%). “Trata-se, novamente, dos indivíduos confiando mais em seu poder de ir atrás das informações que lhes interessam”, diz Araújo.

“As empresas podem ser uma grande parte da solução porque são apolíticas, rápidas, e acompanham o progresso”, resume Cristina Schachtitz, líder da área de Engajamento Corporativo na Edelman Significa. “Agora é a hora de exercer a liderança com o apoio de seus funcionários e clientes. Os líderes empresariais não podem mais focar em objetivos de curto prazo. O CEO moderno deve abordar as questões de interesse público e demonstrar interesse genuíno em contribuir com o sucesso da sociedade. Os públicos esperam que as empresas tenham um foco sólido e constante em retornos financeiros, mas também em ações em torno de questões fundamentais, como educação, saúde e meio ambiente.”

Outros destaques do Edelman Trust Barometer 2016 incluem:

  • Os cidadãos brasileiros recompensam as empresas em que confiam, adotando atitudes positivas como compra (79%) e recomendação (78%).
  • As empresas com sede em mercados desenvolvidos ainda são mais confiáveis do que as sediadas em mercados em desenvolvimento. Canadá, Suécia e Suíça, todos com 66%, são mais confiáveis, seguidos pela Alemanha (64%). O Brasil aparece com 31 pontos, à frente somente da Índia (30%) e México (29%).
  • Apesar do aumento de um ponto para 42 por cento em nível global, o governo continua a ser a instituição menos confiável pelo quinto ano consecutivo.
  • Confiança nas ONGs subiu em 81 por cento dos países pesquisados, com aumento significativo na China (17 pontos) e México (11 pontos).
  • Entre o público informado, a mídia fez uma reviravolta impressionante com um aumento da confiança em 20 dos 28 países pesquisados. Os maiores aumentos foram nos EUA (16 pontos), Canadá (14 pontos), Reino Unido (14 pontos) e Hong Kong (12 pontos).
  • Globalmente, as empresas familiares (66 por cento) continuam a ser mais confiáveis, seguidas por (52 por cento) as empresas públicas (46 por cento) e de propriedade estatal.

fonte: http://www.edelman.com.br/propriedades/trust-barometer/

 

7 dicas para criar boa relação de negócios

7 dicas para criar boa relação de negócios

Aqui estão algumas orientações concretas para a promoção de uma forte relação de negócios entre parceiros 

 

  1. Inicie um relacionamento antes de assinar o contrato

Negociadores sempre estão preocupados com as disposições contratuais de um negócio, mas na realidade é necessário também estabelecer uma base sólida para um relacionamento de negociação desde o início das negociações.

Antes de se sentar na mesa de negociação, considere a contratação de um consultor para desenvolver e orientar um programa de atividades de construção de relacionamento, que podem incluir workshops, sessões para se familiarizar e retiros para executivos para ambos os lados.

  1. Selecione as pessoas certas para gerenciar o relacionamento

O início de uma relação de negócios exige diplomacia, bem como conhecimentos técnicos. Para estabelecer uma base sólida para o relacionamento, cada lado deve selecionar negociadores com habilidades de relações interpessoais, conhecimento e sensibilidade.

Essas qualidades podem ser mais importantes a longo prazo do que o conhecimento técnico de especialistas de engenharia, marketing ou finanças. Assim como diplomatas de estado, o executivo designado a gerenciar o relacionamento em negociação deve receber a aprovação do outro lado.

  1. Envolva os Negociadores na implementação do negócio

Demasiadas vezes, as empresas que assinam um contrato de longo prazo presumem que uma sólida relação de trabalho se desenvolverá automaticamente. Por exemplo, a General Motors negociou uma série de joint ventures que tiveram problemas, a GM e seus parceiros internacionais começaram a trabalhar juntos.

Por quê?

Porque as equipes que negociaram o acordo não estavam envolvidas na sua implementação. Após negociadores da GM formarem uma joint venture, eles passaram para o próximo negócio, deixando outros executivos com a tarefa de descobrir como fazê-lo funcionar.

Durante a negociação, ambos os lados ganharam uma enorme quantidade de informações sobre o outro no processo e formaram uma relação positiva.

Para mobilizar esses ativos valiosos, os próprios negociadores devem desempenhar um papel na implementação da operação, pelo menos desde o início. 

  1. Trabalhe para manter líderes envolvidos e interessados na relação

Muitos negócios são formados com o envolvimento ativo dos líderes das empresas, cujo relacionamento pessoal torna-se uma base para a relação entre as duas organizações. Após a assinatura do contrato, é importante encontrar formas de manter visível interesse da administração.

Tente agendar reuniões periódicas para os líderes avaliarem em conjunto a evolução da relação entre suas empresas.

  1. Eduque os funcionários da Empresa sobre o negócio

Não presuma que os funcionários em sua empresa se tornarão entusiasta e bem informados sobre o negócio como negociadores estão. De fato, outros podem ver o envolvimento com outra empresa como um fardo, ou mesmo uma ameaça.

Inevitavelmente, a implementação de qualquer acordo terá dificuldades, tais como atrasos na entrega, falha e falta de comunicação.

Ambos os lados serão mais capazes de superar esses problemas, se os seus funcionários saberem e confiarem uns nos outros do que enxergarem com suspeita e hostilidade.

Para superar a resistência dentro de sua organização, os defensores do negócio devem planejar esforços educacionais que eduquem os funcionários das duas empresas com reuniões, retiros, seminários, visitas ao local, e memorandos produzidos em conjunto e boletins informativos.

Lembre-se: relações organizacionais começam com as relações pessoais.

  1. Planeje meticulosamente e supervisione as atividades iniciais conjuntas

Da mesma forma que a abertura no processo de tomada do negócio pode facilitar ou dificultar os passos que se seguem, atividades conjuntas iniciais entre parceiros contratuais podem facilitar ou dificultar a criação de uma relação de trabalho produtiva.

Consequentemente, os dois lados devem cuidadosamente definir e supervisionar os primeiros movimentos em seu relacionamento.

Não presuma que tudo vai fluir suavemente com os termos do contrato. Melhor começar aos poucos, com ações que são certeza de sucesso, antes de passar para projetos mais ambiciosos. Antes de iniciar a produção em larga escala de novos dispositivos de imagem, por exemplo, você certamente primeiramente querer fazer e testar um protótipo.

  1. Crie um cronograma de reuniões para analisar os progressos

Apesar de uma relação de negócios ser orgânico e evolui ao longo do tempo, isso não significa que os dois lados não devem conscientemente moldá-la. Para orientar a evolução de uma relação sólida, ambas as empresas devem aderir rigorosamente a uma programação regular de reuniões, em vez de apenas cumprir a partir de “tempos em tempos” ou “quando surge a necessidade.”

6 Formas de restabelecer a construção da confiança do cliente perdido

6 Formas de restabelecer a construção da confiança do cliente perdido

Reconquistando o cliente perdido e restabelecendo a construção da confiança

Para maximizar o ganho conjunto criado por um acordo, ambos os lados precisam assumir riscos, que requerem a construção de confiança nas negociações. Veja como negociadores podem estabelecer a confiança necessária.

Estudo de caso

O que começou como um mal-entendido sobre as especificações e prazos entre um gerente de uma empresa de desenvolvimento de software, e um gerente cliente, se transformou em um conflito de uma crescente desconfiança. Ambas empresas perderiam dinheiro se a parceria acabasse, mas no calor do conflito isto tornou-se uma preocupação secundária. Apenas duas semanas após o primeiro surto, o cliente anunciou que iria fazer negócio em outro lugar.

Cristina que trabalhava em outra divisão da empresa de software, que tinha poucas relações com o cliente perdido, se aproximou de seu empresário, que também era o vice-presidente da divisão, para perguntar se ela poderia tentar reconquistar o cliente. Afinal, a empresa não tinha nada a perder.

O vice-presidente finalmente concordou em colocá-la em contato com o representante do cliente. Após uma série de reuniões e várias negociações, o cliente concordou em assinar novamente o contrato, e Cristina salvou sua empresa em mais de R$ 100 milhões em receitas anuais.

Mas como é que Cristina conseguiu?

Ela percebeu que para ganhar de volta a conta, teria que reconquistar a sua confiança do cliente rapidamente. Assim, antes da primeira reunião acontecer, ela deu vários passos críticos:

  • Tornou se especializou em seu cliente e suas necessidades. Isto incluiu falar com o gerente responsável pela conta e descobrir as preocupações que tinha antes do início do conflito.
  • Organizou ofertas e algumas vantagens em um novo contrato como uma demonstração de boa-fé.
  • Pediu a outros clientes satisfeitos que contassem suas próprias experiências positivas da empresa de software para seu cliente insatisfeito.

As negociações das empresas foram particularmente complicadas para decolar, porém estabelecer a confiança é fundamental para alcançar o sucesso em qualquer negociação, porque todas as negociações envolvem algum nível de risco.

Negociadores costumam dizer que estão dispostos a negociar de boa-fé, às vezes entram em colapso, porque cada lado carece de confiança na competência e boas intenções.

Uma parte pode querer fazer uma concessão ou compartilhar informações confidenciais, na esperança de inspirar divulgações e compromissos em troca, mas há sempre um risco de que o outro lado vai se recusar a ceder, ou pior ainda, explorar as informações para sua própria vantagem.

A confiança é particularmente evasiva em alta-tensão, em condições de forte competição, quando se está negociando com estranhos, em frente a prazos, lidando com as diferenças de poder e status, ou elaborando contratos inexequíveis.

Confiança se desenvolve naturalmente ao longo do tempo, mas os negociadores raramente têm o luxo de deixar a natureza seguir seu curso. Assim, às vezes parece mais fácil jogar pelo seguro, com ofertas cautelosas, envolvendo algumas compensações, poucas concessões, e pouca troca de informações entre as partes.

Mas evitando o risco pode significar a perda de oportunidades significativas. Por esta razão, o fomento da confiança na mosca é uma habilidade crítica para os gestores. Como Cristina sabia, o primeiro passo para inspirar confiança é demonstrar confiabilidade.

Aqui estão 6 Formas de restabelecer a construção da confiança do cliente:

  1. Fale a língua deles.
  2. Gerencie sua reputação.
  3. Crie um fator de dependência.
  4. Faça concessões unilaterais.
  5. Rotule suas concessões.
  6. Explique suas demandas.

Maximizando os ganhos conjuntos e de criação de valor em negociações

Acreditar que ambas as partes são competentes e tem caráter, permite que os negociadores assumam riscos que são necessários para alcançar e implementar acordos em constante mudança nos ambientes sociais, econômicos e políticos. Quando o lucro, a segurança, ou a paz dependem das ações da outra parte, a confiança torna-se essencial. Felizmente, uma vez que estas estratégias sugerem, os negociadores podem construir a confiança que é necessário para uma negociação obter ganho máximo.

Veja também 5 Estratégias de construção da relação de confiança na negociação